segunda-feira, 25 de abril de 2011

The Economist classifica o sistema escolar brasileiro como "muito ruim"

Não é de agora que o sistema escolar brasileiro anda mal das pernas. Aliás, desde que ele foi implantado como estatal pelo governo Getúlio Vargas. Desde que os governos tenderam a uma linha mais elitizada, as escolas públicas perderam a preferência por obras faraônicas.
Desde que o Populismo foi derrotado pelo militarismo elitista, que privou as classes populares do conhecimento acadêmico, as escolas públicas passaram a ser filtradas, apenas os melhores entravam na escola secundária, e posteriormente na universidade. Aos pobres, restava abandonar o estudo ou um curso técnico para ser operário, datilógrafo ou trabalhar na Petrobrás.
Desde então a qualidade das escolas públicas caiu, e muito. Mas devemos nos alegrar depois de oito anos de um governo popular, que faz mais por que mais precisa. Pois as escolas foram melhoradas, pois na época FHC, a revista The Economist classificou o sistema escolar brasileiro como desastroso.
Muito foi feito nas nossas escolas, muito ainda precisa ser feito, a classificação foi muito melhorada, mas dos 65 países analisados nós somos o 53º. Isso mostra uma preocupação dos nossos governantes anteriores com a educação, pois tínhamos uma escola desastrosa, que bestilizava e analfabetizava o povo. Uma escola de péssima qualidade quando era boa.
Agora temos escolas equipadas, mas que precisam ser melhoradas, melhoradas na formação de professores e gestores, cujas metodologias estão há muito com o prazo de validade vencido, modelos arquitetônicos que lembram prisões, quartéis, um lugar de disciplina e submissão, não de diversão, aprendizagem e produção de conhecimento.
Quando a escola tiver em mente que precisa mudar a cabeça dos indivíduos, e não dar-lhe apenas um diploma de burrice, de PHD em apertar parafusos, aí sim a escola será a escola ideal, a escola regular, ou boa, ou ótima, quem sabe até excelente segundo o estudo da The Economist.
A receita é simples, para de focar na formação do profissional e buscar formar o cidadão pensante, o Homo academicus, e não somente o Homo laboriusus. Só assim chegaremos ao grupo dos desenvolvidos, deixaremos de ser emergentes, e teremos uma boa escola pública, consequentemente, bons indicadores sociais

Texto publicado originalmente em http://arvoredaliberdade.blogspot.com/2010/12/economist-classifica-o-sistema-escolar.html  em 11 dez. 2010

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